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Conheça os primeiros selecionados do Semente Preta, fundo de investimento do Nubank

Três startups fundadas e lideradas por empreendedores negros já foram selecionadas na primeira rodada do Semente Preta. Conheça um pouco de sua trajetória

Retratos dos fundadores das três primeiras startups selecionadas pelo Semente Preta Fundo de Investimento. Da esquerda para a direita, Tatiana, Alan e Isaque, e ilustração com o logo do Semente Preta (um círculo preto com formas geométricas roxas que parecem folhas)
Os fundadores das startups selecionadas: Tatiana Santarelli, Alan Almeida e Isaque Cruz

No fim de março de 2021, o Nubank anunciava um passo histórico em seu Compromisso de Diversidade ao criar o Semente Preta, nosso próprio fundo de investimentos destinado a startups brasileiras com fundadores e/ou lideranças negras.

O projeto busca empresas de tecnologia que gerem impacto positivo para receber o aporte financeiro em seu negócio, além de treinamentos e consultoria para ajudar no desenvolvimento da ideia.

Em parceria com a consultora de inovação do Nubank e empreendedora Monique Evelle, as três primeiras startups já foram selecionadas. "O que estamos fazendo com o Semente Preta é mostrar para o mercado que startups lideradas por empreendedores negros existem e são excelentes", explica ela.

As inscrições para a próxima rodada se encerraram no dia 30 de setembro.

Conheça as startups selecionadas até agora.

TeamHub, de Tatiana Santarelli

Com três meses de consultoria de gestão de pessoas, a mineira Tatiana Santarelli conseguiu emplacar o primeiro trabalho em uma grande empresa estatal brasileira. A proposta era que ela usasse sua experiência de mais de 20 anos para fazer apenas o diagnóstico de clima dos funcionários.

Mas Tatiana foi além. "Percebi que mais do que só olhar para indicadores, era preciso entender por que as pessoas estavam reagindo daquela maneira àquele ambiente". 

O retorno do cliente foi positivo, com elogios rasgados pela forma como ela conseguiu entender a fundo os problemas e promover mudanças logo de cara. "Saí de lá pensando que eu precisava de uma ferramenta para entender o ambiente, mas não sabia como fazer isso". 

Assim estreitou seus laços profissionais com Rodrigo Grossi, que mais tarde viraria seu sócio: ele queria apresentar um projeto que estava desenvolvendo, mas Tatiana viu a chance de usar o conhecimento dele em tecnologia para colocar seu plano em prática.

O plano era tão bom que os dois concordaram em seguir com a TeamHub e deixar a outra ideia de lado. Criaram do zero uma empresa de tecnologia para projetos de boas práticas organizacionais – ou seja, para ajudar empresas a gerir seus times, carreiras e a cultura.

"Sempre encarei a TeamHub como uma ferramenta de apoio ao meu propósito, de contribuir para fazer o bem. Descomplicamos a gestão da cultura organizacional através de um processo dinâmico, interativo e acessível a todos", afirma. 

A CEO relata que ser uma mulher negra nesta posição é um desafio diário em um meio predominantemente masculino e branco, mas vê que sua posição firme à frente da empresa reflete positivamente nos funcionários que lidera.

"Eu vi no Nubank uma oportunidade de me desenvolver. Estar entre os primeiros selecionados do Semente Preta validou sobre mim, sobre o negócio, o caminho que eu escolhi. Foi muito importante".

De agora em diante, a TeamHub pretende disseminar o tema da diversidade nas empresas que atende, partindo de sua própria plataforma, e expandir em diversas áreas internas.

{Parças}, de Alan Almeida

Na família Almeida, Alan foi o primeiro a cursar uma faculdade. A mãe, costureira, ralou para criar os quatro filhos sozinha, e desde cedo Alan trabalhou como entregador de panfleto, servente de pedreiro, sorveteiro, se esforçando para escrever a própria história.

Cercado pelos problemas de sua comunidade na Vila Nova Cachoeirinha, Zona Norte de São Paulo, ele afirma que esteve prestes a entrar para o crime.

A pedido da mãe de Alan, um primo daria a primeira oportunidade, aos 17 anos, de integrar um escritório de advocacia. "Quando eu entrei naquele lugar, vi as pessoas de terno, falando em audiência, pensei que era isso que eu queria pra mim". 

Foi sua ruptura. "Nunca pensei em fazer uma faculdade, era ridícula essa discussão na minha casa, era impossível". A partir dali veio o incentivo para a vida acadêmica, a prova da OAB, e um novo destino se abriria em seguida no mercado financeiro.

Enquanto ele via a carreira decolar, dois familiares foram presos. Veio, então, a angústia em fazer algo para mudar não apenas a sua própria vida, mas a de todo mundo que o cercava. Desse sentimento nasceu a {Parças}, startup que quer ensinar programação a pessoas egressas do sistema prisional com o objetivo de ajudá-las a entrar nesse mercado que sempre sofre com falta de mão de obra.

O nome {Parças} surgiu durante as primeiras aulas na Fundação Casa, em 2017, pois era assim que os alunos chamavam os professores. "Remete também a parceria, a caminhar junto", explica Alan, que vê nas vagas de tecnologia um salário competitivo o suficiente para desviar destinos do tráfico de drogas.

Até o final de 2021, eles esperam que mil alunos passem pelos cursos da empresa, e também semeiem a ideia em seu entorno. “Com a parceria Nubank & {Parças}, nossa expectativa é que em 15 anos todas as penitenciárias brasileiras sejam uma célula de transformação e qualificação profissional.”

OnlineOS, de Isaque Cruz

Desde menino, Isaque era daqueles geniozinhos da tecnologia e informática. O irmão abriu uma assistência técnica para consertos de equipamentos, e ele percebeu que o negócio patinava em uma das maiores dores do pequeno empresário: o gerenciamento de serviços.

Prazos, cobranças, documentos, entregas, tudo deixava seu irmão confuso, e o lucro escoava pelo ralo com a má gestão. 

Isaque resolveu criar um sistema para aplicar seus aprendizados na faculdade em troca de avaliação constante para aprimorar o produto. "Não era fácil nem barato encontrar um software que atendesse pequenos empreendedores. Conforme ele foi usando o meu, foi gostando e melhorando", lembra.

Ele deixou o domínio online na web para quem quisesse usar gratuitamente em troca de feedback, e seu sistema começou a fazer sucesso.

Os clientes ligavam no celular de Isaque para pedir funcionalidades, e ele gostava de atender aos pedidos no tempo livre, se equilibrando no trabalho que era sua fonte de renda. Tinha o sonho de deixar o software livre e criar uma comunidade de usuários, mas os custos de servidor começaram a pesar. 

O amigo Rafael entrou na jogada para ajudar com o design, e percebeu que já tinham um produto e clientes: era o começo da OnlineOS. "A gente quer dar segurança dentro da plataforma para qualquer empreendedor, seja ele pequeno, médio ou grande, no caminho para evoluir de forma consistente", diz.

Com os dados de outras empresas, a OnlineOS pretende criar um roteiro que sugere medidas estruturais para que o negócio seja sustentável.

"Nunca imaginei que fosse alcançar tantas pessoas. Quando tive o primeiro cliente querendo usar meu software por vontade própria, já fiquei muito feliz. Saber que minha estada aqui no mundo não está sendo em vão é gratificante por si só".

O Semente Preta, para Isaque, representa um olhar igualitário, dando valor e oportunidade a ideias como a dele, que identificam problemas específicos de partes da população que passam despercebidos.

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