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Como se proteger de um Pix falso se você é PJ?

Comprovante adulterado, Pix errado e agendamento de transferência estão entre os golpes que mais fazem vítimas entre os empreendedores utilizando o meio de pagamento instantâneo. Saiba no que prestar atenção para evitar fraudes.
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Criado em 2020, o Pix já facilitou a vida de mais de 130 milhões de pessoas em todo o Brasil. Cerca de 28,5 bilhões de transações foram feitas nesses dois anos de funcionamento – só no mês de outubro de 2022 foram efetuadas 2,5 bilhões de operações utilizando o meio de pagamento instantâneo.

De acordo com dados do Banco Central, até novembro do ano passado, 11,4 milhões de empresas já usavam o Pix – independentemente do porte ou setor de atuação.

Porém, a facilidade em fazer transferências instantâneas a qualquer momento também chamou a atenção de criminosos, que passaram a aplicar golpes usando comprovante falso de Pix  ou de agendamento (e não de pagamento). Outros ainda alegam ter feito Pix errado. Esse tipo de situação pode acabar deixando o empreendedor no prejuízo.

Saiba identificar fraudes usando o Pix e como evitar cair nesse golpe se você é PJ.

Quais são os golpes utilizando o Pix?

Golpe do Pix adulterado

Nesse caso, o golpista envia um comprovante falso de transferência Pix e acaba conseguindo levar ou receber o produto sem pagar nada por ele. Por isso, é importante verificar se o nome e o logotipo da instituição financeira estão corretos, e se a data e horário coincidem com o momento da transferência, por exemplo.

Golpe do Pix agendado

Se receber um comprovante de agendamento de uma transferência Pix, não entregue o produto ao consumidor. O agendamento não é garantia de que você receberá o dinheiro em sua conta na data agendada. 

Isso porque a pessoa que agendou a transferência Pix pode cancelar o agendamento ou, caso não tenha saldo em conta no dia programado, a transferência não será realizada pela instituição financeira.

Golpe do Pix errado

Outro crime muito comum é o golpe do Pix errado. Nele, o golpista falsifica um comprovante de transferência via Pix de uma instituição bancária e envia para o lojista por WhatsApp ou e-mail. O funcionário estranha esse tipo de comprovante de depósito e questiona sobre o que se refere.

Então, o criminoso diz que errou ao realizar o Pix e pede o reembolso do valor para a conta dele. Ou seja, nenhum valor novo cai na sua conta e o fraudador ainda acaba recebendo uma quantia.

Golpe do falso fornecedor

Nesse golpe, empresas de pequeno porte são as principais vítimas, e os prejuízos para cada tentativa bem sucedida pode chegar a R$ 10 mil.

No golpe do falso fornecedor, como é conhecido, os criminosos abrem contas PJ em bancos digitais com nome de empresas falsas. Elas têm nomes parecidos com o de empresas que existem de verdade, mas têm uma letra ou número diferente.

Após a abertura de conta, os criminosos entram em contato com a vítima, se passando por fornecedores de uma grande empresa, e informam que houve uma mudança nos processos de pagamento via Pix e pedem uma nova transferência para confirmação.

Vale dizer que os fraudadores podem ter acesso à lista de fornecedores por vazamento de dados na internet, por informações internas ou até mesmo entrando no site da empresa e vendo um selo no rodapé da página.

Atenção, PJ: Como se proteger de Pix falsos? 

Os golpistas agem nos detalhes. Por isso é importante ficar atento a tudo:

  • Marcas de edição: é importante verificar se o nome e o logotipo da instituição financeira estão corretos, se é proporcional ao documento e não possui marcas de edição. Um comprovante oficial de transferência Pix possui uma padronização entre o tamanho das letras ou do estilo da fonte;
  • Data e horário: Confira a data e o horário em que a transferência Pix foi realizada, segundo o comprovante. Se uma pessoa está em contato com você, falando que está fazendo o pagamento naquele momento, e te envia um comprovante com data e horário diferentes, esse é um motivo para suspeitar que está caindo em um golpe;
  • Saldo da conta: se estiver realizando uma venda, online ou presencial, e suspeitar do comprovante, não conclua a venda ou entregue o produto até checar o seu saldo e extrato e identificar que o valor realmente foi depositado em sua conta.

Além disso, existem algumas boas práticas para todas as horas:

  • Não compartilhe senhas por mensagens ou e-mails;
  • Não confie em contatos desconhecidos, mesmo os que dizem ser fornecedores;
  • Faça contato com o fornecedor por números e e-mails seguros e usados com frequência;
  • Verifique os dados do destinatário do Pix;
  • Mesmo que o valor solicitado esteja de acordo com faturas pagas anteriormente, sempre consulte a pessoa responsável por administrar aquele contrato;
  • Caso o solicitante insista no pagamento ou peça para não encerrar a ligação, desconfie;
  • Fornecedores nunca realizam alteração de dados bancários ou de recebimento por telefone sem formalização;
  • Não informe dados pessoais e nem comerciais;
  • Não confirme informações sigilosas entre a empresa e o fornecedor, como por exemplo, valor de fatura, serviços contratados etc;
  • Por mais que o solicitante confirme todos os dados da empresa, não realize transações sem formalizar por canais seguros.

Lembre-se: o Pix é um meio de pagamento que não demora mais do que 10 segundos para compensar – por isso é chamado de instantâneo.  

Caso você, empreendedor, seja vítima de golpes como esses, procure a Delegacia de Defraudações e Falsificações (DDF), da Polícia Civil, para registrar uma denúncia formal apresentando todos os dados possíveis que comprovem a fraude.  

https://www.youtube.com/watch?v=kMutL1EbVPA

Caiu em um golpe? Conheça o SOS Nu

O SOS Nu é uma central de informações sobre segurança digital. Lá, você encontra dicas para se proteger de golpes, e instruções claras sobre como agir caso passe por uma situação de emergência, como em caso de golpes, roubos e outras. 

Clique aqui para acessar o SOS Nu

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