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DIY: o boom da bricolagem na quarentena

Arrumou o guarda roupa? Reformou o sofá? Pintou as paredes? Você não está sozinho: mais brasileiros se aventuraram no "faça você mesmo" em 2020.

DIY: fotografia de cima de potes de tinta de parede abertos sobre um papel pardo

Pintar uma meia parede, construir uma horta, fazer móveis de pinus… 2020 foi o ano em que muitos brasileiros descobriram a bricolagem, arregaçaram as mangas e entraram oficialmente para o movimento "faça você mesmo" – conhecido pela famosa sigla DIY, da expressão em inglês "Do It Yourself".

Com as medidas de distanciamento físico impostas pela pandemia do novo coronavírus, muitas pessoas se viram isoladas em casa. No final de março, quando os casos no Brasil estavam aumentando e muitos municípios entraram em quarentena, 57% dos brasileiros adotaram o isolamento, segundo um levantamento da startup In Loco a partir de dados de dispositivos móveis no país.

Esse movimento transformou a relação de muitas pessoas com suas casas. De um dia para o outro, lares se transformaram em improvisados escritórios, salas de aula, academias, restaurantes, cinemas e outros tantos espaços.

Segundo um estudo elaborado pela Fundação Instituto de Administração (FIA) em abril deste ano, por exemplo, o trabalho remoto – também conhecido como home office – foi adotado por 46% das empresas durante a pandemia.

Para adaptar a casa a essa nova realidade, muitos brasileiros partiram para o "faça você mesmo" e se aventuraram em pequenas reformas em casa.

O boom da bricolagem na quarentena

Durante a quarentena, 55% das pessoas da classe A e 39% da C fizeram alguma mudança na decoração da casa, segundo uma pesquisa da consultoria Consumoteca – o que se refletiu nas vendas do setor de construção.

Um levantamento do Instituto Brasileiro de Economia da Fundação Getulio Vargas (Ibre/FGV) e da Associação Nacional dos Comerciantes de Material de Construção (Anamaco) mostrou que, entre maio e julho deste ano, lojas de materiais de construção venderam mais do que no mesmo período do ano anterior – 42% dos comerciantes ouvidos relataram um aumento nas vendas.

Ainda segundo este levantamento, os varejistas especializados em produtos básicos e pintura foram os mais beneficiados desde junho – uma consequência direta de mais pessoas realizando pequenas reformas e reparos em casa por causa da pandemia.

O segmento de construção, inclusive, é um dos que mais crescem desde março, de acordo com dados da Pesquisa Mensal do Comércio (PMC), do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) – as vendas em agosto, por exemplo, foram 24,1% maiores do que no mesmo período de 2019.

E a venda de móveis também disparou

Para compor e decorar os ambientes reformados, muita gente também optou por comprar itens prontos. Em maio e junho, o número de pedidos de móveis cresceu 207% em relação ao mesmo período de 2019, segundo um levantamento da empresa Compre&Confie.

Ao todo, foram 2,5 milhões de pedidos e R$ 1,5 bilhão de faturamento. Entre os itens mais vendidos estão guarda-roupa, cadeira, sofá, cama e colchão.

E quais foram os campões da bricolagem?

Para quem optou por construir seus próprios objetos e fazer reformas por conta própria, alguns assuntos chamaram mais a atenção dos bricoladores brasileiros.

De acordo com o Google, as principais buscas relacionadas a DIY em casa e decoração no Brasil foram:

  1. DIY decoração
  2. DIY quarto
  3. DIY casa
  4. DIY natal
  5. DIY cabeceira

Além disso, a busca "horta em casa" ficou em quarto lugar nas pesquisas relacionadas ao termo "em casa".

Faça você mesmo, mas lembre dos outros – e do seu bolso: 4 cuidados ao fazer obras em casa durante a quarentena

Com grandes (ou pequenas) reformas vêm grandes responsabilidades – com as pessoas ao seu redor e com suas finanças.

Se você está se isolando em casa, por exemplo, pode ser que seu vizinho também esteja – e qualquer barulho, ainda que mínimo, pode incomodá-lo e gerar mal estar.

Na cidade de São Paulo, por exemplo, as reclamações em condomínios cresceram até 300% na quarentena, segundo a Associação das Administradoras de Bens Imóveis e Condomínios de São Paulo (AABIC). Entre os motivos estão o barulho em excesso e obras fora do horário permitido, por exemplo.

Além disso, uma reforma pode impactar bastante seu orçamento. Por isso, é muito importante pensar nas finanças antes de fazer qualquer mudança.

Ou seja: se você está planejando alguma obra ou construção DIY, é importante tomar alguns cuidados com os outros e com seu bolso.

1. Respeite o horário permitido para obras – e tenha bom senso 

Se você está planejando alguma reforma ou "faça você mesmo" que pode gerar qualquer barulho – mesmo que mínimo –, programe-se para fazer isso dentro do horário permitido para obras em seu condomínio. Caso contrário, você poderá levar advertência ou até multa por desrespeitar as regras.

Em qualquer situação, vale sempre a máxima do bom senso.

Se você não mora em condomínio, mas sabe que sua obra pode incomodar o vizinho, procure realizá-la num período que não atrapalhe tanto.

Além disso, mesmo que você seja uma pessoa matinal e seu condomínio permita obras pela manhã, pode ser bom esperar um pouco para começar num horário em que a maioria das pessoas esteja acordada.

2. Dependendo do tamanho da reforma, avise seus vizinhos

Caso você esteja muito animado para mudar tudo e preveja uma reforma grande, com barulho e alguns dias de movimentação intensa, pode ser interessante avisar os vizinhos mais próximos.

Mande uma mensagem, deixe um bilhete embaixo da porta, ligue e avise. Além de ser um gesto de cuidado com o próximo, isso também pode ajudar a manter uma boa comunicação caso algum imprevisto aconteça.

3. Tenha empatia

Ao fazer uma reforma em casa ou no apartamento, você pode acabar impactando as pessoas ao seu redor.

Um barulho um pouco mais alto, por exemplo, pode acordar um bebê enquanto os pais estão trabalhando; deixar uma pessoa que está fazendo uma entrevista virtual de emprego ainda mais nervosa; ou desconcentrar um aluno que está estudando de casa.

Por isso, tenha empatia. Caso alguém se queixe do barulho, esteja aberto para conversar e encontrar o melhor cenário para todos. 

4. Mapeie os custos antes de começar

Sim, projetos de bricolagem ou DIY costumam ser soluções mais em conta do que contratar um serviço externo. No entanto, é bom se planejar antes de sair passando uma demão de tinta nova nas paredes: confira tutoriais, cheque os materiais que irá precisar e cuidado para não comprometer móveis ou objetos da casa.

Ah, e importante: existem projetos que não podem (e nem devem) ser realizados sem profissionais qualificados (especialmente quando o assunto envolve quebradeira de paredes e obras).

De qualquer forma, mesmo que seja uma "simples" pintura da cômoda, faça bem as contas para não sair no prejuízo – de tempo e de dinheiro. 

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