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Carro é investimento? E imóvel?

Pesquisas apontam: os brasileiros acreditam que comprar um carro ou imóvel é fazer um investimento. Este é o seu caso? Entenda o que os números mostram e o que pode ou não ser considerado investimento financeiro.

Carro é investimento: ilustração mostra mão segurando carro sobre pista roxa

Uma pesquisa da CVM de 2018 indica que 40,7% dos brasileiros consideram ter um carro para transporte particular um investimento. Mas, carro é mesmo investimento?

Fazer um investimento é, na prática, aplicar uma quantia hoje tentando transformá-la em mais dinheiro no futuro. Considerando todos os gastos, da compra ao seguro, o carro se encaixa nesse cenário?

O mesmo questionamento vale para imóvel - outra pesquisa, desta vez da Anbima, mostrou que 16% das pessoas que investiram dinheiro em 2017 o fizeram através da compra de um imóvel. Mas, comprar um imóvel é um investimento? Como fazer com que se torne um?

Afinal: carro é investimento?

Apesar de se assumir, em muitos momentos, que comprar um carro é fazer um investimento, a realidade não é bem assim: um carro zero chega a perder 33% do valor pelo qual foi comprado depois de dois anos de uso - ou seja: ele desvaloriza. Os dados são de um estudo da KBB Brasil.

Na prática, portanto, o dono perde dinheiro com um carro: se desejar vendê-lo, será por um valor inferior ao que pagou. Por exemplo, um carro comprado por R$ 33 mil, depois de dois anos passará a valer R$ 20.100, se não menos. 

Também é importante considerar que um carro gera gastos: impostos, manutenção, gasolina, limpeza, revisões, seguro… Considerando esses aspectos, o carro não é um investimento que vai trazer retornos financeiros - dificilmente se ganha dinheiro comprando um carro e revendendo depois, por exemplo.

É importante ressaltar que ter ou não um carro particular é uma decisão que depende de muitos fatores - e, mesmo que ele seja necessário para a sua rotina, ele não é considerado um investimento financeiro. Nesse caso, ele só vale mais a pena para o estilo de vida, considerando outros fatores, como tempo de locomoção, conforto ou necessidade da família. 

Mas… e se o carro é usado para trabalhar?

Nesse caso, a compra do carro pode ser considerada um investimento na carreira, ou uma ajuda para levantar fundos - mas o carro, em si, não é um investimento financeiro porque vai se desvalorizar.

O uso frequente do carro tende a desvalorizá-lo mais rápido do que se o carro fosse um veículo de passeio; isso também faz com que as manutenções e reparos com o carro sejam mais frequentes.

Imóvel é investimento?

Quando se fala em investir em um imóvel, normalmente isso significa comprar um imóvel tendo em mente obter renda extra com aluguel ou ganhar sobre o valor investido - e não comprar um imóvel para moradia própria.

Os imóveis podem ser considerados investimentos por terem potencial de valorização ao longo dos anos e por, potencialmente, garantir uma renda mensal, considerando que uma possibilidade é alugá-lo para terceiros. 

Mas esse não é um investimento simples. 

Em primeiro lugar, porque a valorização de um imóvel depende de diversos fatores, como a procura pela região onde está localizado, o quanto os bairros vizinhos e similares estão saturados e também o andamento da economia como um todo - tudo isso influencia o quão aquecido está o mercado imobiliário e qual o retorno que o investimento em imóveis pode dar.

Em um cenário de crise econômica, por exemplo, a busca por imóveis para alugar pode ser menor e forçar o proprietário a "congelar" o preço cobrado, ou até mesmo diminuí-lo. 

É importante ressaltar três características do imóvel como um investimento: 

  • Segurança: mesmo que aconteça desvalorização, dificilmente se perde todo o valor investido em um imóvel (não considerando casos judiciais, em que se perde o imóvel por alguma dívida ou problema com a justiça);
  • Liquidez: por ser um investimento de alto valor e que depende da demanda de outras pessoas, costuma-se dizer que esse é um investimento de baixa liquidez - ou seja: o processo para ter o dinheiro investido pode ser demorado; além disso, dependendo do cenário econômico e do mercado imobilário, pode até ser necessário vender o imóvel por um valor mais baixo.
  • Manutenção e estrutura: no caso de quem compra um imóvel já pensando em alugá-lo, o investimento pode ser ainda maior, já que podem ser necessários gastos com a manutenção e estrutura do imóvel. 

Antes de investir em um imóvel, portanto, é importante analisar não só como está o mercado imobiliário naquele momento, todas as características da região e do imóvel, mas também no quanto essa modalidade de investimento é a melhor para seu perfil e necessidades financeiras.

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