Por maior que seja o seu planejamento, a vida acontece: uma emergência, o desemprego ou uma queda na renda podem prejudicar a sua organização financeira e comprometer o pagamento de compromissos importantes. Você pode ter mais dificuldade de pagar, por exemplo, aquele empréstimo que contratou para dar um respiro nas contas ou para pagar aquele curso que garantiria a sua promoção. E quando isso acontece, o que fazer?
Revisar as condições do crédito que você está pagando agora ajuda a lidar com esses imprevistos, mas também é uma estratégia que pode ser usada a qualquer momento. Se está difícil pagar as parcelas, existem três caminhos para sair do sufoco ou ter mais vantagens: o refinanciamento, a migração e a portabilidade de empréstimo.
Aqui você entende como funciona cada estratégia, para que tipo de crédito elas estão disponíveis e quando vale a pena usar cada uma.
E se você está buscando crédito, o Nubank pode ser um caminho. Pelo app do Nu, você pode ter acesso a diferentes modalidades, dependendo do seu perfil: empréstimo pessoal, crédito com investimentos como garantia e um portfólio amplo de consignados (para trabalhadores CLT, beneficiários do INSS, servidores públicos federais SIAPE, servidores estaduais de alguns estados e militares).
O que é refinanciamento de empréstimo?
Refinanciar um empréstimo é basicamente renegociar o contrato que você já tem com a instituição financeira para tentar garantir um prazo maior ou juros menores.
Na prática, a instituição financeira recalcula o saldo devedor do seu crédito atual, considerando as condições novas acordadas, e cria um novo contrato.
No refinanciamento, é possível adicionar até um valor extra de crédito. Mas, cuidado: lembre-se de que ao incluir um valor adicional ao novo contrato, você aumenta o seu saldo devedor e, por consequência, os juros e o número de parcelas.
Quais linhas de crédito podem ser refinanciadas
O refinanciamento, na prática, é uma renegociação. E é possível negociar qualquer linha de crédito, do empréstimo pessoal ao financiamento imobiliário.
Mas aqui, atenção: essa negociação deve ser feita pelos canais oficiais da sua instituição financeira. Não aceite propostas que chegam via redes sociais, telefone e e-mail porque você pode cair em um golpe.
Conheça aqui um dos golpes do empréstimo
Quando vale a pena refinanciar um empréstimo?
Vale a pena refinanciar um empréstimo quando você:
- Está pagando juros altos, mas não tem acesso a outras linhas de crédito mais baratas;
- Precisa que as parcelas tenham valores menores para que não comprometam tanto o seu salário do mês. Neste caso, quanto maior o prazo, menor é o valor da parcela;
- Quer um valor extra emprestado, mas não quer contratar um segundo empréstimo.
O que avaliar antes de refinanciar um empréstimo?
Antes de aceitar o refinanciamento, tente responder a algumas perguntas. Elas vão te ajudar a decidir se o refinanciamento é mesmo a melhor saída:
- Quanto ainda falta pagar? Será que não tem como segurar o orçamento por mais alguns meses?
- Qual será o novo prazo? Alongar muito o prazo pode aliviar a parcela atual, mas aumenta o custo final. Lembre-se: quanto maior o prazo, maiores são os juros finais.
- Você realmente precisa do dinheiro extra? Se for só para ter uma folga no orçamento, pode não ser uma boa ideia. Na prática, você está aumentando o seu saldo devedor e pode acabar gastando com coisas desnecessárias.
- As condições são mesmo as melhores? Compare a taxa de juros que você paga hoje com a do novo contrato.
O que é migração de um empréstimo?
Migrar um empréstimo é trocar o crédito que você tem por outro dentro da mesma instituição financeira. Por exemplo: você tem um empréstimo pessoal e quer trocar esse contrato por um crédito consignado na sua instituição financeira.
Quando isso acontece, tudo é revisto: juros, prazos e dinâmica de pagamento. Isso porque, no caso do consignado, por exemplo, o pagamento das parcelas ocorre via desconto na sua folha de pagamento.
Ou seja, é outra dinâmica, outras regras. Por isso, antes de cogitar a migração, verifique com a sua instituição financeira se é possível realizá-la.
Quais linhas de crédito podem ser migradas?
A migração depende dos processos de cada instituição financeira, da dinâmica das linhas de crédito envolvidas e das condições disponíveis.
Por exemplo: se a sua ideia é migrar para um empréstimo consignado, você precisa seguir algumas regras dessa modalidade, como ter margem consignável – que é o valor máximo mensal que pode ser comprometido com o pagamento desse empréstimo.
Quando vale a pena migrar um empréstimo?
Vale a pena migrar um empréstimo quando você:
- Tem um relacionamento de longa data com a sua instituição financeira, que possa lhe garantir algumas vantagens nas condições do empréstimo;
- Quer pagar juros menores e tem acesso a linhas de crédito mais baratas do que aquela que você tem hoje.
O que avaliar antes de migrar um crédito?
As perguntas para avaliar se a migração vale a pena são parecidas com aquelas que recomendamos na hora de avaliar o refinanciamento. Mas existem outras importantes:
- Alguma condição do empréstimo realmente vai mudar ao realizar a migração?
- Essa migração pode ter algum custo? Algumas instituições podem cobrar tarifas administrativas pela migração. Fique atento.
O que é portabilidade de empréstimo?
Fazer portabilidade de um crédito é um movimento maior de troca de empréstimo: quando você transfere o seu contrato de uma instituição para outra, em busca de condições melhores.
A portabilidade é um direito garantido pelo Banco Central e pode ser mais efetiva do que o refinanciamento e a migração. Isso porque, na portabilidade, você consegue buscar condições melhores em outras instituições financeiras e escolher aquela que mais faz sentido para você.
Neste caso, você transfere o seu contrato para outra instituição e mantém a mesma modalidade de crédito ou pode até trocar por uma modalidade diferente.
Para fazer a portabilidade, é necessário que a instituição financeira de destino tenha o crédito que você quer. Já a instituição financeira que detém o seu contrato de crédito atual não pode prender o seu contrato de empréstimo – ela é obrigada a fazer a portabilidade caso você queira.
Entenda aqui, em detalhes, tudo o que você precisa saber sobre portabilidade.
Quais linhas de crédito podem ser transferidas para outra instituição?
Você pode fazer a portabilidade de qualquer linha de crédito, desde que a instituição financeira de destino aceite a sua portabilidade. Afinal, você precisa passar pelos critérios de análise de crédito dela.
Por isso, antes de considerar essa opção, pesquise as condições e consulte se as linhas que quer estão disponíveis para você na instituição que escolheu.
Quando vale a pena fazer portabilidade de consignado?
Vale a pena fazer a portabilidade quando você:
- Encontra uma instituição com uma taxa de juros menor do que a atual;
- Quer reduzir o valor das parcelas, ajustando melhor os pagamentos ao seu orçamento;
- Precisa diminuir o custo total da dívida e aproveitar as oportunidades que outras instituições oferecem para o seu perfil.
O que avaliar antes de fazer portabilidade?
Antes de partir para a portabilidade, avalie:
- A nova taxa de juros é realmente menor? Peça uma simulação antes de fechar qualquer contrato.
- Tem algum custo oculto? A portabilidade, em si, não tem custo, mas o novo contrato pode ter taxas administrativas.
- Vai alongar o prazo? Às vezes a parcela fica menor, mas você paga mais juros no longo prazo.
- A modalidade escolhida tem uma dinâmica que faz sentido para a sua realidade?
Qual das opções faz mais sentido para você?
Essa resposta é só sua, mas lembre-se de observar pontos gerais, independentemente da estratégia que escolher.
CET (Custo Efetivo Total): em qualquer contrato de crédito, é o CET que te mostra o custo real que você vai ter com o pagamento do empréstimo. Na hora de refinanciar, migrar ou transferir o seu contrato, compare essa taxa.
Custos no processo: as instituições financeiras não podem cobrar para realizar a portabilidade, por exemplo, mas podem existir taxas administrativas nesse processo. Cheque se essas taxas não encarecem o seu crédito, diminuindo a vantagem dessa troca.
Prazo maior, juros maiores: em qualquer linha de crédito, quanto maior o prazo de pagamento, maior é o valor total que você vai pagar com juros. Por mais tentador que seja pagar uma parcela de valor menor agora, tenha clareza do tamanho dos juros que vão sair do seu bolso. Dificilmente vale a pena estender uma dívida.
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