Os primeiros meses de uma família após a chegada de um novo integrante são cheios de desafios. Tanto para quem está chegando (seja um bebê, criança ou adolescente) quanto para as figuras parentais que vão se adequando, pouco a pouco, a uma nova rotina compartilhada, e criando laços importantes para o futuro.
Entender o papel de cada um nesse processo é algo que exige cuidado, dedicação e, acima de tudo, tempo. Por isso, a licença parental pode fazer a diferença.
Os responsáveis pelos cuidados de uma criança ou adolescente têm o direito a uma licença de trabalho durante os primeiros dias de formação dessa nova família. No Brasil, a lei determina que a licença maternidade deve ser de 120 dias, enquanto a licença paternidade tem 5 dias. As empresas, no entanto, podem escolher ir além e aumentar o período oferecido para seus colaboradores.
É assim que fazemos no Nubank: independentemente do gênero e da formação do núcleo familiar, todos os colaboradores têm direito a 120 dias de licença parental – podendo ser ampliada para 180 dias para pessoas grávidas em função do programa Empresa Cidadã, do qual fazemos parte.
"Com a política de licença parental, buscamos contribuir para a redução da desigualdade de gênero no mercado de trabalho e empoderarmos nossos colaboradores a se dedicarem às suas famílias, construindo assim um ambiente mais inclusivo."
Kj Williams, Diretor Sênior de Remuneração e Benefícios
O diretor do Nubank defende que a licença parental é uma medida importante para os funcionários e para a sociedade: "o ambiente de trabalho precisa ser um lugar onde as pessoas de fato se sintam valorizadas e pertencentes."
Confira, a seguir, como funciona a licença parental, como a adotamos no Nubank e o que dizem alguns Nubankers que passaram por ela.
O que é licença parental?
Licença parental é um direito trabalhista que garante que os responsáveis por uma criança ou adolescente possam se ausentar do trabalho de forma remunerada após a gestação ou adoção. O objetivo é que esses cuidadores possam dedicar toda sua atenção à família.
No Brasil, as mães têm direito a uma licença de trabalho por um período de 120 dias (ou quatro meses), podendo chegar a seis meses (em função do programa Empresa Cidadã). Já os pais têm direito a um período de 5 dias corridos, podendo chegar a 20 dias dependendo da empresa (também em função do programa Empresa Cidadã).
Além da discrepância entre estes dois períodos, existe ainda mais um fator complicador: mesmo já sendo um período curto, 68% dos pais sequer chegam a pedir pelo benefício, segundo o levantamento Situação da Paternidade no Brasil, da organização Promundo.
Um fator que pode explicar esse número é o medo que muitos homens têm de serem prejudicados em suas carreiras com o afastamento: uma pesquisa da consultoria Deloitte descobriu que mais da metade dos profissionais achavam que tirar a licença parental seria percebido como como falta de comprometimento; 41% também demonstraram receio em perder oportunidades em projetos.
Este fenômeno é um sintoma de como a sociedade coloca principalmente sobre a mãe a responsabilidade de cuidar dos filhos, como explica a pediatra e professora da Faculdade de Medicina da USP, Ana Escobar.
"A gente tem que entender isso como um momento em que toda a família está precisando de apoio e não dá pra ninguém sair até que essas pessoas se entendam, se conheçam e se sintam aptas à nova vida – e isso certamente demora mais do que cinco dias."
Ana Escobar, pediatra e professora da Faculdade de Medicina da Universidade de São Paulo
A pesquisa da Deloitte também leva a outra conclusão: além da importância para a família de ter as figuras parentais em casa nos primeiros meses, uma licença mais equivalente para pais também pode contribuir com uma maior equidade de gênero dentro do mercado de trabalho – afinal, se todos os colaboradores exercerem este direito, a pressão fica menor para as mães, que já lidam com os medos do afastamento.
É por isso que muitas empresas estão se antecipando em relação à legislação e criando suas próprias normas para permitir que os colaboradores tenham um período de afastamento maior. No Nubank, isso já é uma realidade.
Como funciona a licença parental no Nubank?
Desde maio de 2022, os mais de sete mil colaboradores que trabalham no Nubank têm direito a 120 dias de licença parental remunerada, sem distinção de gênero e formato de família. Para gestantes no Brasil, em função do programa Empresa Cidadã, essa licença pode durar até 180 dias.
A medida vale para todos os escritórios do Nubank, no Brasil, Colômbia, México, Alemanha e Estados Unidos.
Lucas Viotti, Gerente de Controllership no Nu e pai da Olivia, foi um dos primeiros Nubankers a pedir o benefício no time onde trabalha, na Colômbia. Com isso, ele e a esposa puderam passar ainda mais tempo juntos, em família.
"Isso demonstra que eu estou numa empresa que reflete os valores que eu defendo também. Essa licença representa a fundação da minha família. Se eu não tivesse esse período para assimilar tudo o que há de novo na paternidade e na vida do casal, eu já teria começado com o alicerce errado. Provavelmente não teria sido tão leve como foi”.
Lucas Viotti, Gerente de Controllership no Nubank
A história do casal também tem um ponto importante: Lucas e sua esposa são dois brasileiros que saíram do país meses antes de descobrirem que seriam pais. Ou seja, desde que a Olivia chegou, são apenas os três com todos os desafios que a nova vida impõe, sem uma rede de apoio por perto que possa dar um suporte extra.
"Nos adaptamos ao idioma, à rotina, à nova dinâmica familiar… Poder ter esse tempo dedicado me deu alívio. Além disso, pude construir memórias lindas. Durante a licença, consegui levar minha filha à praia pela primeira vez. É muito importante que a gente, pais, também passe mais tempo com a família nesse período. Significa criar a base do que vamos ser e desenvolver laços afetivos que vão percorrer a vida inteira com nossos filhos", completa ele.
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A contratação de gestantes
Já para Renata Souza, do time de atendimento ao cliente, a sensação de alívio veio logo no momento da contratação: "Eu entrei grávida na empresa, estava com 12 semanas. Desliguei o telefone achando que não iam me contratar, mas aí veio a resposta: fui contratada", conta ela, que é especialista no time de seguros e mãe da Jully.
O medo que Renata sentiu não é infundado. Gestantes têm mais dificuldades em encontrar um emprego e, quando encontram, enfrentam com o mito da baixa produtividade na volta da licença. Um estudo da Fundação Getulio Vargas (FGV) revela que mais da metade das mães que trabalham são demitidas em até dois anos após o fim do afastamento.
A remuneração das mulheres que têm filhos também é 18,1% menor em comparação com mulheres sem filhos, segundo estudo da consultoria iDados feito com base na Pnad, a Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios Contínua, do IBGE, de 2021.
"Essa licença significa muito. Saber que vou estar ali, amparando minha filha na hora que ela precisar, dá um sossego. Tenho a liberdade de estar com ela, amamentar em livre demanda e, ao mesmo tempo, saber que o Nubank vai me ajudar quando eu voltar".
Renata Souza, especialista de atendimento ao cliente
O apoio às figuras parentais no período de retorno da licença também faz parte do programa. Depois de tantas semanas ausente, é natural que muitas coisas mudem e que esses profissionais levem um tempo para se readaptar. Por isso, há um treinamento e acompanhamento para que mães e pais não se sintam deslocados.
Com Renata, foi exatamente assim: "Fiquei duas semanas com o suporte de um colega dedicado a me ajudar na readaptação e atendimento. É quase como um novo processo de onboarding. A experiência de retorno foi positiva, me senti acolhida e querida de uma forma que eu nem esperava."
Por que a licença parental é importante para a família?
A licença parental é fundamental para reforçar os vínculos familiares em todas as idades. Para os bebês, os benefícios são muitos, como explica a Dra. Ana Escobar: "O vínculo afetivo que o bebê estabelece com pai, mãe, cuidador, com quem está perto dele é importante para o seu neurodesenvolvimento". O vínculo afetivo ajuda na formação de sinapses cerebrais, que nada mais é do que a conexão dos neurônios.
Estima-se que um bebê forma até 700 sinapses por segundo – e essas conexões são fundamentais para moldar o cérebro da criança. "Quanto maior o número de conexões, maior a capacidade cognitiva. Bebês que não são aconchegados afetivamente nos primeiros dois anos de vida, principalmente, podem ter seu desenvolvimento emocional e físico comprometido", completa Ana.
Em relação à autoestima, confiança e produtividade das figuras parentais, também existem ganhos – e isso foi algo que o Nubank entendeu na prática com este benefício.
"A maternidade me mudou. O mais perceptível é a empatia e a paciência que hoje eu tenho para lidar com clientes nas conversas por chat. Voltar ao trabalho também é muito bom, pois a gente também quer saber que pertence a outros mundos", diz Renata.
O mesmo foi percebido por Lucas, pai da Olivia: “Com certeza hoje sou muito mais eficiente. Eu tenho minhas ambições de carreira, isso não mudou. Talvez até aumentou porque agora eu quero proporcionar de tudo para minha filha. No período de retorno, eu busquei novas metodologias para ser mais eficiente e me organizar melhor. Assim consigo passar mais tempo com a minha família sabendo que o meu tempo no escritório foi muito mais focado e produtivo", conclui.
No equilíbrio entre família e trabalho, ninguém precisa sair perdendo.
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