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Aluguel mais que dobrou entre 2011 e 2020: veja as variações no IGP-M e preços

O IGP-M é o índice que mede a variação nos preços de aluguel - e, nos últimos dez anos, ele mais que dobrou. Entenda.

Aluguel mais que dobrou: Homem se equilibrando em uma corda bamba roxa em meio a um gráfico que desce e sobe com porcentagens

Entender (e acompanhar) o IGP-M, índice que mede os reajustes nos contratos anuais de aluguel, é tão importante para sua vida financeira quanto saber, por exemplo, a inflação do período. Isso porque qualquer mudança no índice, calculado pelo IBRE-FGV mensalmente, tem impacto na vida dos brasileiros. 

A prova disso é que entre 2011 e 2020, o IGP-M teve uma variação de 105% - ou seja: mais do que dobrou na década. Isso indica que, nesse período, o custo do aluguel teria mais que dobrado com os reajustes.

As variações mensais do índice valem para todos os municípios brasileiros, mas se adaptam à realidade e aos preços do mercado imobiliário de cada um. Por exemplo: onde o metro quadrado tiver um preço mais alto, um IGP-M alto resultará em reajustes maiores no preço do aluguel - e vice-versa.

Abaixo, veja uma análise de como o IGP-M se comportou nesses anos - e o que explica a maior alta de 2020.

O IGP-M ao longo dos anos

Ao longo da década, e especialmente em 2020, o IGP-M teve muitas altas e baixas. Veja, a seguir, o acumulado do índice em cada ano desde 2011:

  • 2011: 5,077%
  • 2012: 7,8119%
  • 2012: 5,5257%
  • 2014: 3,6749%
  • 2015: 10,5443%
  • 2016: 7,1907%
  • 2017: -0,5326%
  • 2018: 7,5521
  • 2019: 7,3179
  • 2020: 21,9682

De janeiro de 2011 a dezembro de 2020, o IGP-M teve uma variação positiva de 105,68%, segundo dados do Banco Central do Brasil.

Ou seja: em relação aos preços de alugueis em janeiro de 2011, os cobrados em novembro deste ano são maiores que o dobro, segundo a calculadora do Banco Central.

O que faz o IGP-M mudar tanto?

O índice é calculado todo o mês pelo IBRE-FGV e indica, além do aluguel, as contas de internet, energia elétrica e TV por assinatura. Ele é influenciado pelas mudanças na inflação, na variação do dólar e de outros indicadores - portanto, se diz que ele sofre a influência e varia de acordo com o momento econômico.

O IGP-M é calculado a partir de outros três índices: IPA-M, IPC-M e INCC-M. Veja, a seguir, o que cada um deles significa:

  • IPA-M (Índice de Preços ao Produtor Amplo Mercado) - representa 60% do IGP-M: representa os preços de atacado e produtos industriais;
  • IPC-M (Índice de Preços ao Consumidor Mercado) - representa 30% do IGP-M: corresponde à inflação no varejo; ou seja: é um índice de inflação brasileiro;
  • INCC-M (Índice Nacional de Custo da Construção Mercado) - representa 10% do IGP-M: calcula os custos do setor de imóveis construções.

A partir desses dados, o IGP-M calcula as variações, sejam elas positivas ou negativas, no aluguel mensal e anual.

A deflação em 2017

Na década, o único ano em que o IGP-M foi negativo foi 2017 - um reflexo da supersafra de alimentos no ano que fez com que o preço desse grupo também caísse.

A alta em 2020

Em um ano como o de 2020, em que a pandemia do novo Coronavírus atingiu diferentes setores da economia, os três índices que compõem o IGP-M tiveram alta - no acumulado de 12 meses, ou seja, considerando de novembro de 2019 a novembro de 2020, o IGP-M teve aumento de 24,52%.

Em geral, a pandemia fez com que os preços das commodities disparassem nos mercados globais, com mais demanda de outros países. Com o dólar mais alto, a exportação desses itens ficou mais vantajosa para produtores brasileiros - ou seja: eles passaram a preferir vender para outros países do que para o Brasil e, com isso, a oferta interna diminui -  mas sua demanda, não; por isso, houve aumento nos preços desses itens por aqui.

Saiba mais sobre a alta do IGP-M em 2020.

Como calcular o reajuste do aluguel?

Calcular o reajuste do seu aluguel com base no IGP-M não é difícil - basta somar o índice acumulado no último ano ao valor atual do seu aluguel.

Por exemplo: segundo a FGV, em novembro de 2020, o IGP-M acumulado era de 21,97% no ano; considerando um aluguel mensal de R$ 1.500, basta calcular 1.500 + 21,9% de 1.500 = R$ 1.828,50. 

O reajuste, portanto, seria de R$ 328,50.

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