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O que os países têm feito para diminuir efeitos do Covid-19?

De auxílio a famílias e pequenos empresários a investimentos na área da saúde, o que têm sido feito para manter a economia estável durante a pandemia do Covid-19.

Medidas econômicas e Coronavírus: colagem mostra janelas, em referência ao isolamento social para conter a pandemia, cada uma em sua "bolha" específica.

Mais de 170 países já foram afetados pela pandemia do novo Coronavírus, o Covid-19. Ao redor do mundo, são cerca de 770 mil casos confirmados, segundo a OMS. O isolamento social e a quarentena, já decretada em muitas regiões, são importantes para conter o avanço da doença - mas têm causado impactos na economia.

Neste cenário, diversos países têm anunciado medidas para tentar frear a crise, manter a economia estável e ajudar suas populações das mais diversas maneiras. Abaixo, você confere diferentes medidas adotadas pelo mundo para conter os efeitos do Covid-19 na economia.

Itália e Coronavírus - medidas adotadas

Depois da China, que foi o primeiro país duramente afetado pela pandemia do Covid-19 e entrou em quarentena obrigatória, a Itália é o país com o maior número de casos - até o dia 30 de março, eram mais de 100 mil pessoas contagiadas e mais de 11 mil mortes.

O país inteiro entrou em quarentena obrigatória e, por isso, foram anunciadas diversas medidas com o intuito de controlar a situação no país, tanto em relação à saúde quanto à economia:

- 1,15 bilhão de euros para o sistema de saúde italiano. Assim como o Brasil, a Itália conta com um sistema de saúde gratuito e universal, que receberá uma injeção de 1,15 bilhões de euros para ampliar suas capacidades e infraestrutura.

- Auxílio para autônomos e empresas. O governo italiano prometeu pagar até 500 euros para cada profissional autônomo, apoio do governo para empresas que reduziram o salário de seus funcionários, além de um pagamento "bônus" para os italianos que continuam trabalhando durante a quarentena.

- Garantias de empréstimos para negócios. Ainda não se sabem detalhes sobre esse projeto, mas, entre o pacote de medidas do governo, espera-se também a garantia de empréstimos para negócios atingidos pela crise. 

- Apoio financeiro a famílias e certas profissões. Famílias que têm crianças em casa, motoristas de táxi e trabalhadores do correio postal, que continuam trabalhando em "serviços urgentes" durante a quarentena italiana, receberão apoio financeiro do governo.

Espanha

A Espanha é o país europeu que fica atrás somente da Itália quando se fala sobre o quão foi afetado pela pandemia do novo Coronavírus. Até o dia 30 de março, eram 85 mil casos registrados no país, segundo a OMS.

O primeiro ministro do país anunciou, em decorrência da situação, o que chamou de "a maior mobilização de recursos na história democrática" do país. Algumas das medidas são:

- 100 bilhões de euros em empréstimos garantidos para empresas, especialmente as de pequeno e médio tamanho.

- 600 milhões de euros para auxiliar pessoas em situação mais vulnerável. Cidadãos que dependem de serviços sociais e pessoas em situação vulnerável contarão com auxílios do governo, ainda sem regras ou informações específicas de como funcionará.

- Moratória nas contas de utilidades e hipoteca. As famílias cuja renda foi afetada pela crise contarão com uma moratória - isso é, uma "pausa" nos pagamentos - das contas de luz, água e outras utilidades, além da hipoteca ou financiamento de suas moradias.

Estados Unidos

No momento, os Estados Unidos são o epicentro da pandemia do Covid-19 - em outras palavras, o país com o maior número de casos, especialmente no Estado de Nova York. São mais de 150 mil casos e 36 mil mortos em todo o país até o dia 30 de março. 

Se tratando de valores, o governo norte-americano é o que anunciou o maior pacote de medidas, de cerca de US$ 2 trilhões. Ele inclui:

- Auxílio para famílias. O governo americano pagará US$ 1.200 por adulto e US$ 500 por criança como auxílio à crise econômica para pessoas que recebem até US$ 75 mil de renda anual e casais que recebem até US$ 150 mil ao ano. 

- Empréstimos a pequenos negócios. Mais de US$ 360 bilhões serão garantidos em empréstimos para pequenos negócios que viram suas receitas caírem drasticamente com a crise. A diferença desta medida é que, se ao longo dos próximos seis meses os negócios conseguirem reter a maioria de seus funcionários, sem demiti-los, não precisarão devolver o dinheiro emprestado.

- Empréstimos para grandes e médias empresas. Outros US$ 400 bilhões serão destinados para ajudar empresas de maior porte durante a crise com empréstimos ou empréstimos com garantias.

Reino Unido

O Reino Unido também anunciou medidas para ajudar a economia durante a pandemia. A principal delas é voltada para os profissionais autônomos: o governo vai cobrir até 80% dos ganhos desses trabalhadores, com o limite de 2.500 libras por mês, até o mês de junho; ela vale somente para quem possui renda anual de até 50 mil libras, que corresponde a 95% dos autônomos do país.

Mas é importante dizer: esses trabalhadores terão que provar que tiveram lucros reduzidos devido à pandemia do Covid-19 para poderem receber o auxílio. 

E o Brasil?

O Ministério da Economia e o Banco Central anunciaram diversas medidas para movimentar a economia, mantê-la ativa e ajudar trabalhadores e empresários durante esse momento.

No geral, essas medidas injetam R$ 150 bilhões na economia brasileira. Entre as principais estão:

- R$ 40 bilhões em empréstimos do governo para ajudar PMEs a financiar salários. Essa medida consiste em uma linha de crédito emergencial, no valor total de R$ 40 bilhões, destinada para pequenas e médias empresas – isto é, com faturamento anual entre R$ 360 mil e R$10 milhões. Ela é dedicada exclusivamente para o financiamento de folhas de pagamento e o valor será repassado direto aos empregados – não vai para o caixa das empresas. Aqui você entende melhor as regras e como ela funciona. 

- Auxílio para autônomos e informais. Trabalhadores informais e MEI poderão contar com o auxílio de R$ 600 por mês - limitado a R$ 1.200 por mês. O projeto já foi votado no Senado e agora passa pela sanção da presidência. Aqui, mais detalhes sobre o projeto e suas especificações.

- Antecipação do 13o de aposentados. As duas parcelas do décimo terceiro salário de aposentados e pensionistas do INSS foram antecipadas pelo governo.

- Mudanças no crédito consignado. O teto de juros para empréstimos consignados a aposentados e pensionistas do INSS agora é menor - de 2,08% ao mês, ele caiu para 1,8% ao mês; além disso, o prazo máximo para quitação do empréstimo passou de 72 para 84 meses. 

- Postergar pagamento de financiamento por dois meses. O Banco Central permitiu que bancos brasileiros deem até 60 dias para os consumidores quitarem ou começarem a pagar suas dívidas de empréstimos. Isso vale tanto para pessoas físicas quanto microempresas.

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